
Anualmente, são investidos mais de $ 1 trilhão em negócios sustentáveis.
Com o passar dos anos, os impactos ambientais vêm se tornando irreparáveis e os recursos cada vez mais escassos. Meio a esse cenário, as iniciativas sustentáveis (ou “iniciativas verdes”) têm ganhado cada vez mais espaço no mundo dos negócios.
Segundo o relatório do International Finance Corporation (IFC), instituição membro do Banco Mundial, levando em conta a análise de 21 países em desenvolvimento, existe o potencial de gerar US$ 23 trilhões até 2030, caso eles cumpram o Acordo de Paris, que prevê a redução nas emissões de gases de efeito estufa no planeta. De forma geral, os países podem contribuir com a preservação do meio ambiente e lucrar ao mesmo tempo.
O relatório também aponta que as empresas estão investindo em soluções inovadoras para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, obtendo lucros com energia renovável, agricultura inteligente para o clima (CSA), edifícios verdes e transportes sustentáveis; gerando empregos e tornando as cidades mais limpas, mais saudáveis e resilientes.
Ainda segundo o levantamento, anualmente, são investidos mais de $ 1 trilhão em negócios que envolvem soluções climáticas. A combinação de mercados para energias renováveis ($297 bilhões), armazenamento de energia (US$ 2,5 bilhões), Green Buildings (US$ 388 bilhões), transporte urbano inteligente (US$ 288 bilhões), reuso da água (US$ 23 bilhões) e gestão de lixo (US$160 bilhões) somam mais de US$ 1,1 trilhão em investimentos. A Bloomberg New Energy Finance projeta que serão investidos mais US$ 6 trilhões em energia eólica e solar até o ano de 2040.
Brasil Sustentável
O Brasil é um dos países emergentes que mais investe em energias renováveis, registrando um crescimento de 30% no setor em 10 anos. Só a geração de energia solar cresceu cerca de 70% em dois anos, e o Brasil ainda prevê a construção e 287 novos parques eólicos até 2020 para a geração de energia limpa e renovável.
O processo de universalização do serviço de saneamento básico no Brasil traria mais de R$ 537 bilhões ao país, considerando que os ganhos gerados com a redução dos custos com a saúde, aumento da produtividade do trabalho e a renda gerada pela valorização imobiliária, turismo, investimentos e pelo aumento de operação superariam os custos de investimento e aumento de despesas no setor.
Segundo o Panorama de Resíduos Sólidos, o mercado de limpeza urbana no Brasil movimenta mais de R$ 27 bilhões por ano e gera mais de 300 mil vagas de trabalho. Entretanto, mais de 30 milhões de toneladas de resíduos por ano ainda possuem destinação inadequada e mais de 1.500 municípios ainda utilizam os lixões como destinação final, deixando uma porta aberta para o investimento em gestão de resíduos no país.
O Brasil também conta com uma lei de preservação do meio ambiente. A Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental do país, juntamente, outras leis como a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a Política Nacional do Saneamento Básico e a Política Nacional de Mobilidade Urbana, também pregam princípios semelhantes, fazendo com que as cidades tomem as iniciativas sustentáveis como um dos pilares para seu desenvolvimento.